sexta-feira, 23 de abril de 2010

Britadeira na Faja da Areia- quem Vai se "impor"??







Romeira diz que não é uma britadeira, mas um depósito de inertes.


Romeira, Gouveia e DRCIE não se entendem
O vereador desconfiou de uma britadeira. O presidente fala em depósito
Data: 23-04-2010

As informações são contraditórias quanto ao que vai nascer no sítio dos Juncos em São Vicente. Uma coisa é certa: os residentes, o hoteleiro e ainda os surfistas que habitualmente escolhem o sítio a partir de hoje ficam a saber que vão ter de conviver de perto ou com um depósito de terras decorrente das obras da construção da Via Expresso entre São Vicente e Santana ou com uma britadeira ou até na pior das hipóteses com as duas em simultâneo.

As dúvidas persistem porque de um lado Jorge Romeira, presidente da autarquia vicentina depois de ter sido confrontado com as suspeitas do líder da oposição, disse que seria um depósito de terras.

Por sua vez, a Direcção Regional de Comércio, Industria e Energia, contactada durante a tarde de ontem, admitiu que está instalada uma unidade móvel de britagem no local quando ninguém sabe onde a mesma se encontra, nem populares, nem tão-pouco autarcas.

O vereador do PS, João Carlos Gouveia se já estava desconfiado quanto aos preparativos da empresa construtora está a realizar numa parcela de terra na localidade mais ainda ficou. O autarca disse que as suas suspeitas são corroboradas por um grupo alargado de cidadãos e o argumento da DRCIE "é um artifício para instalar a britadeira". Se assim for, referiu que vai "recorrer de todos os meios legais para impedir" o avanço do equipamento.

Do outro lado da barricada, o presidente da edilidade antes da resposta da Direcção mostrou-se atónito com o poder de previsão do socialista, atirando para o líder da oposição o seguinte comentário: "O que o senhor vereador quer é música. O senhor vereador João Carlos Gouveia pretende atrair a comunicação social para uma situação que não tem pés nem cabeça, sabendo de antemão que amanhã [hoje] haverá reunião de Câmara. Naturalmente poderia esperar e retirar as suas dúvidas ali", respondeu ainda o DIÁRIO tinha terminado de concluir a questão.

Já que o socialista não esperou pela sessão ordinária que decorre hoje pelas 10 horas nos Paços do Concelho, Jorge Romeira respondeu da mesma moeda, assegurando que no local "não nascerá qualquer britadeira" até porque, garante "não deu entrada nos serviços qualquer pedido de licenciamento". De todo o modo, sublinha ainda, que a autarquia não tem qualquer competência numa obra que cuja responsabilidade pertence por inteiro à Secretaria Regional do Equipamento Social. "Aquilo que eu sei é que aquilo servirá para depositar inertes da construção", acrescentando numa clara tentativa de minimizar o impacto visual numa zona escolhida por surfistas e turistas. "Os materiais têm de ser depositados em algum sítio. Aquele foi o escolhido pela SRES", concretizou.

DRCIE esclarece

Curioso é o facto da Direcção Regional de Comércio, Industria e Energia, admitir que "a unidade de britagem móvel pertencente à Construtora do Tâmega Madeira, S.A. está instalada no sítio dos Juncos" quando Gouveia garante não existir nenhuma perto.

Diz ainda o comunicado que unidade é considerada uma "actividade industrial temporária", uma vez que, vai apoiar a empreitada de construção tendo "foi emitido o respectivo título de exploração industrial". Mais, "encontra-se instalada no estaleiro provisório da obra, junto à ER 101, tendo a RAMEDM - Estradas da Madeira, S.A. autorizado a sua instalação".

SRES explica

A Secretaria do Equipamento Social chamada a clarificar a questão, revelou numa das saídas de uma galeria de emergência existe um estaleiro que "tem uma britagem provisória" para o trabalho dos materiais associados àquela obra. Na frente-mar dos Juncos, trata-se somente de depósitos de materiais relacionados com a obra.

Retirado do Diario de Noticias 23/04/2010
Victor Hugo

1 comentário:

  1. Eles podiam utilizar os inertes para fazer uns recifes artificiais. Se forem bem feitos promovem o desporto saudável como o surf e o bodyboard, o turismo, protegem a costa das ondulações, promovem a biodiversidade pois criam zonas com maior oxigenação na água que leva a existencia de mais produtores primários que são a base dos ecossistemas e consequentemente mais vida marinha, que é positivo para quem pesca.
    O melhor de tudo não é que os recifes não têm impacto visual.

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